2 de julho de 2011

Projeto MK-ULTRA

O Projeto de Controle Mental

A CIA colocou um ponto final em seu ameaçador programa MK-ULTRA ou apenas o atualizou, incluindo uma série de armas magnéticas e microimplantes de cérebro?

Em 28 de Novembro de 1953, Frank Olson jogou-se pela janela do décimo andar de um hotel em Nova Iorque. Ele era um cientista que havia trabalhado na Chemical Corps Special Operations Division do exército dos EUA, e seus problemas tinham iniciado a partir de uma reunião realizada nove dias antes.

A reunião foi dirigida por Sidney Gottlieb diretor de serviços técnicos da CIA. Sem que os assistentes da reunião soubessem, Gottlieb tinha adquirido uma certa quantidade de LSD e queria experimenta-lo secretamente. Colocando o LSD na bebida de Olson, deu-lhe a garrafa e sentou-se para esperar os efeitos. Olson, começou a sofrer efeitos secundários de descoordenação. Posteriormente, um dos assistentes da reunião Bem Wilson, recordou que Olson "estava psicótico".

Frank Olson morreu em 1953. Sua família acusou a CIA de "morte legal", denunciou que Olson estava desequilibrado no momento de sua morte, em razão de ter tomado, sem saber grandes doses de LSD.

Gottlieb e seu chefe, Allen Dulles, começaram uma operação de encobrimento de 20 anos dos fatos que rodeavam a morte de Olson.

LAVAGEM CEREBRAL

Tratava-se do supersecreto projeto MK-ULTRA da CIA. O projeto nasceu a partir de um projeto anterior, o Bluebird , que oficialmente teria sido criado para fazer frente aos avanços soviéticos nas técnicas de lavagem cerebral. Porem a Cia tinha outro objetivo: "estudar métodos de controle dos indivíduos". O marco foi a experiência da "narco-hipnose", que é combinação de drogas alteradoras da mente com uma cuidadosa programação hipnótica.

Em plena evolução, o projeto Bluebird passou a ser chamado de Projeto Artichoke (Projeto Alcachofra). Era um programa "ofensivo" de controle da mente no qual estavam envolvidas as divisões de espionagem das forças aéreas, marítimas e do exercito, assim como o FBI.

A finalidade do projeto é descrita em um memorando de 1952, onde é dito: Podemos obter o controle da mente de um indivíduo até o ponte em que seja possível executar nossos desejos contra a sua vontade ou contra as leis naturais, como a própria proteção? O objetivo era a criação de um assassino programável.

Uma equipe da CIA foi formada para viajar pelo mundo inteiro. Sua tarefa era comprovar as novas técnicas de interrogação e garantir que as vitimas não se lembrassem de que foram interrogadas e programadas. Inúmeros tipos de drogas foram utilizadas, desde a maconha até o LSD, da heroína até o pentotal sódico, um narcótico utilizado como anestésico, vulgarmente chamado de "soro da verdade".

Exposição do Projeto

No dia 13 de abril de 1953, nasce o programa MK-ULTRA da CIA, com uma finalidade muito mais ampla do que as anteriores. Nos documentos oficiais é descrito como um "projeto guarda-chuva", com 140 "subprojetos". Muitos subprojetos dedicavam-se a provas ilegais para um possível em campo, outros estavam dedicados a eletrônica. Um deles, explorava a possibilidade de "ativar o organismo humano através do controle remoto". Porem, o mais importante de tudo isso, prevalecia o principal objetivo da lavagem cerebral de indivíduos para serem utilizados como informantes e espiões, mas sem saberem do que se passava.

As investigações do Comitê e da Comissão se basearam no testemunho sob juramento de participantes diretos na atividade ilegal e em um relativamente pequeno número de documentos que restaram após a destruição de documentação ordenada por Richard Helms.

A CIA afirma que tais experiencias foram abandonadas mas Victor Marchetti, um veterano agente da CIA por 14 anos, tem atestado em várias entrevistas que a CIA jamais interrompeu suas pesquisas em controle da mente humana , mind control, em Ingles, nem tampouco em uso de drogas, mas apenas continuamente realiza sofisticadas campanhas de desinformação seja lançando ela mesma, através dos meios de comunicação , falsas teorias e teorias de conspiração que podem ser ridicularizadas e desacreditadas, o que faz com que o foco de atenção não se volte para a CIA e suas pesquisas clandestinas ou que, caso haja qualquer aparente possibilidade de que suas pesquisas sejam expostas, qualquer revelação possa ser imediatamente desacreditada e/ou ridicularizada.

Victor Marchetti, em uma entrevista em 1977, especificamente afirmou que as declarações feitas de que a CIA teria abandonado as atividades ilegais do MKULTRA após os inquéritos, são em si mais uma maneira de encobrir os Projetos secretos e clandestinos que a CIA continua a operar, sendo a próprias revelações do MK-ULTRA e subsequentes declarações de abandono do projeto seriam em si mais um artifício para deslocar a atenção de outras atividades e operações clandestinas não reveladas pelos Comites.

Em 1977, o Senador Americano Ted Kennedy, disse no Senado:

"O Vice-Diretor da CIA revelou que mais de trinta (30) Universidades e Instituições participaram em "testes e experimentos " em um programa que incluiu a aplicação de drogas em seres humanos sem o conhecimento ou o consentimento destas pessoas, tanto americanos como estrangeiros. Muitos destes testes incluíram a administração de LSD a indivíduos em situações sociais que não tinham conhecimento de que estavam sendo drogados e posteriormente a aplicação do LSD sem o consentimento destas pessoas, elas não sabiam que estavam sob o efeito da droga. No mínimo uma morte, a de Dr. Olson, ocorreu como resultado destas atividades. A própria CIA diz reconhecer que tais experimentos faziam pouco sentido cientificamente. Os agentes da CIA monitorando tais testes com drogas não eram sequer qualificados como cientistas especializados à observação de experiencias"

Até o presente, a grande maioria de informação mais específica sobre o Projeto MKULTRA continua classificada como secreta.



Fontes:
www.mentesroubadas.com.br, www.Wikipedia.com.br, www.spyman.sites.uol.com.br

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